Tempo estranho
tudo parece temer o dia que nasce
tenta-se proibir o sol de nascer
o galo de cantar
a semente de germinar
o decrépito de morrer
Como deuses, eles se sentem:
tentam parar o tempo
queimar o sol
emudecer o galo
torrar a semente
rejuvenescer o velho.
Mas a vida, esta que tudo anima e mata,
trará o novo dia
e galos cantarão
e sementes trarão flores e frutos
e o velho morrerá
e um novo mundo vai nascer.
Jorge Willian
Rio, 21 de Outubro de 2013
Amigos e/ou Leitores
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
NADA SERÁ IGUAL (PARA AMANDA E AMENDOIM / THOMÁS )
Sim, ele vem
Vem porque já não pode não vir
Vem porque é que queremos que venha
é o que estamos a fazer
é o que estamos a construir.
E ele vem do jeito dele, não do nosso
Vem assim porque não temos o que achamos ter
fazemos sem controle
construímos sem domínio
E ele vem, e achamos que tudo podemos sem poder.
Ele, que tanto queremos, será como ele quiser
Talvez nem seja ele, nem seja ela, nem seja o que se é
Mas virá poque já está vindo.
E quando chegar, tudo será parecido
Mas nada será igual, nada mesmo.
Nada, nem o ar, nem a água, nem o gosto,
tudo será diferente.
E nós, que sempre nos achamos definidos,
Outra vez seremos apenas mutações
delírios do tempo
matérias perdendo concretudes
apenas energias, se muito,
e se desconcentrando no espaço a implodir.
Virá, ele virá, e tudo será novo de novo.
Nem o ar, nem as pedras, nem o fogo
Nada será igual e tudo permanecerá
semelhante ao que já é.
Mas nada a se repetir, é o que ele vem para nos dizer
E dirá sem palavras e sem silêncio
Ele virá e já começamos a compreender.
Sim, insisto, ele está chegando.
E seu brilho longe já começa a bater aqui
E é por isso que sei que ele vem
Porque já brilha em nós.
JORGE WILLIAN
Rio 17 de outubro de 2013 (4h e 56m)
Vem porque já não pode não vir
Vem porque é que queremos que venha
é o que estamos a fazer
é o que estamos a construir.
E ele vem do jeito dele, não do nosso
Vem assim porque não temos o que achamos ter
fazemos sem controle
construímos sem domínio
E ele vem, e achamos que tudo podemos sem poder.
Ele, que tanto queremos, será como ele quiser
Talvez nem seja ele, nem seja ela, nem seja o que se é
Mas virá poque já está vindo.
E quando chegar, tudo será parecido
Mas nada será igual, nada mesmo.
Nada, nem o ar, nem a água, nem o gosto,
tudo será diferente.
E nós, que sempre nos achamos definidos,
Outra vez seremos apenas mutações
delírios do tempo
matérias perdendo concretudes
apenas energias, se muito,
e se desconcentrando no espaço a implodir.
Virá, ele virá, e tudo será novo de novo.
Nem o ar, nem as pedras, nem o fogo
Nada será igual e tudo permanecerá
semelhante ao que já é.
Mas nada a se repetir, é o que ele vem para nos dizer
E dirá sem palavras e sem silêncio
Ele virá e já começamos a compreender.
Sim, insisto, ele está chegando.
E seu brilho longe já começa a bater aqui
E é por isso que sei que ele vem
Porque já brilha em nós.
JORGE WILLIAN
Rio 17 de outubro de 2013 (4h e 56m)
Assinar:
Postagens (Atom)