PROFISSIONAIS DA
EDUCAÇÃO OCUPARAM A CÂMARA DOS VEREADORES
Os profissionais da educação do Município do Rio de Janeiro, querem esclarecer as razões que os levaram a ocupar a Câmara de Vereadores.
Conforme noticiado na
imprensa, estiveram em greve por mais de 30 dias com o objetivo de defender uma
escola pública e de qualidade para todos. Para que isso aconteça, é fundamental
a valorização dos profissionais da Educação, a melhoria das condições das
escolas, assim como a garantia de uma pedagogia que promova uma formação
autônoma, que permita a transformação da realidade de nossos alunos.
Retornamos às escolas
no dia 11 de setembro, em estado de greve; após o Prefeito Eduardo Paes ter
assinado o compromisso de cumprir vários ítens de nossa pauta. Passando por
cima de sua própria assinatura, o Prefeito descumpriu com praticamente tudo que
havia se comprometido, inclusive negando-se a sentar para negociar, embora
tenha sido procurado para isto diversas vezes pelo nosso sindicato.
Não satisfeito, o
Prefeito Eduardo Paes tentou empurrar “goela a baixo” dos profissionais da
educação um projeto de lei que destrói o ensino público do Rio de Janeiro. Tal
medida foi encaminhada à Câmara de vereadores, em sua maioria submissa à figura
de Eduardo Paes.
Destacamos que o plano não
contempla 93% dos profissionais de educação da rede municipal e, mesmo aqueles
incluídos,os professores de 40 horas, não se sentem contemplados. Além disso,
o Prefeito manteve a tática de veicular na imprensa INVERDADES como propostas
de reajuste de 35% e, recentemente, um aumento salarial de 60%.
Voltamos à greve no dia
20 de setembro e, mesmo assim, o Prefeito Eduardo Paes e a maioria dos
vereadores mostraram-se insensíveis quanto à necessidade de uma discussão
democrática envolvendo a nossa categoria e o nosso sindicato e toda a sociedade de um modo geral.
Por essas razões, não
nos restou outra alternativa: desde quinta-feira ocupamos a Câmara dos
Vereadores exigindo negociações e a retirada deste plano, que, entre outras
coisas, legaliza a figura do professor polivalente. Um professor que poderá,
tendo formação em Matemática, por exemplo, lecionar diversas matérias; e, além
disso, este mesmo profissional poderá atuar também do 1º ao 9º ano. Cabe ressaltar que essa medida da Prefeitura do Rio de Janeiro passa por
cima do bom senso e das regulamentações do Ministério da Educação.
Nossa ocupação é fruto
da intolerância e do descaso do Prefeito e de grande parte dos vereadores com a
Educação. Assim como reflete a preocupação de professores, funcionários e da
população que nos apoia e deseja uma Educação digna, pública e de qualidade
para a cidade do Rio de Janeiro.
Nosso futuro, nossos
alunos merecem nossa luta.
Ocupar, Resistir, Lutar
para garantir!
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