JOÃO UBALDO
recentemente escreveu um texto para o jornal do qual participa, O Globo,
dizendo que a imprensa não é golpista. E teve a coragem também de tentar nos
enganar dizendo que a elite dominante não quer derrubar governos. Confundindo o leitor com a mágica argumentativa que a elite política não daria golpe
em si mesma. Mas quem disse que a elite em
questão é só a política? O texto é bom apenas para percebermos o quanto faz a
imprensa golpista, isto é, boa parte da imprensa empresarial, para se esconder
do seu passado e suas ações recentes. E Ubaldo, que recebe salários há muito
tempo do jornal O Globo, chega a ser ridículo tentando negar o que já se tornou
óbvio, ridículo tentando confundir a população que começa a saber dos fatos. E
não afirmo, antes que alguém diga que estou apenas contrapondo ao seu pensamento
apenas mais um outro qualquer (tempos de versões pós-modernos) apenas por se de
esquerda, mas porque UBALDO tenta negar o que já está para lá de provado. Eu
disse PROVADO. Muitos já devem ter ouvido falar de livros e vídeos
documentários que comprovam a participação da mídia em golpes na América
Latina, inclusive no Brasil. Cito e sugiro, pois estamos lendo os jornais e
seus colunistas pagos, o livro "1964, A Conquista do Estado" do
brasilianista René Dreifuss. Este livro contem mais de 200 páginas de documentos
além de 500 de textos. Os documentos comprovam a participação. Antes de
contestar seria bom ler o livro que é encontrado em qualquer sebo e foi
produzido para uma tese nos EUA sobre o Brasil. Muitos documentos, inclusive,
estão em inglês , pois foram produzidos no país que apoia golpes preventivos em
defesa do sistema capitalista, os EUA. A atitude do escritor tentando defender o meio de comunicação (formatação) do qual participa demonstra a preocupação da velha imprensa com o que está acontecendo através das redes sociais: as informações sobre os donos do poder estão chegando onde eles não queriam, na maioria da sociedade.
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