"A gente esquece, mas não devia"
Rio de Janeiro, 18/01/2010 (06h 37m)
PS: No final da próxima primavera voltaremos para as academias, compraremos as mais belas roupas de praia, nos prepararemos para a grande festa que é o verão no estado do Rio de Janeiro e, apesar da boa solidariedade, esqueceremos as tragédias passadas. Na primavera sempre nos preparamos para o futuro próximo que é o verão. Principalmente, preparamos o esquecimento.
Chuvas de fogos enfeitaram os sonhos
chuvas d'águas desmoronaram os mesmos
tudo se repete por aqui
mas as dores novas
que nos trazem as recordações
o olhar banalizam
olhar que a cada gota lacrimeja menos
olhos cerrados ou abertos
olhos mortos
(olhe os mortos !
os que ainda virão
nos anos seguintes)
quem viver chorará, dizia-se,
mas a chuva está a secar as almas
águas de janeiro
secaram os fogos
os sonhos
os corpos
quem viver secará.
chuvas d'águas desmoronaram os mesmos
tudo se repete por aqui
mas as dores novas
que nos trazem as recordações
o olhar banalizam
olhar que a cada gota lacrimeja menos
olhos cerrados ou abertos
olhos mortos
(olhe os mortos !
os que ainda virão
nos anos seguintes)
quem viver chorará, dizia-se,
mas a chuva está a secar as almas
águas de janeiro
secaram os fogos
os sonhos
os corpos
quem viver secará.
Rio de Janeiro, 18/01/2010 (06h 37m)
PS: No final da próxima primavera voltaremos para as academias, compraremos as mais belas roupas de praia, nos prepararemos para a grande festa que é o verão no estado do Rio de Janeiro e, apesar da boa solidariedade, esqueceremos as tragédias passadas. Na primavera sempre nos preparamos para o futuro próximo que é o verão. Principalmente, preparamos o esquecimento.