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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

TEMPO

TEMPO
Nunca me abandonou 
esta coisa irmã das horas
Que ficou em mim,
esta coisa de deixar de ser,
de apenas estar sendo 
e de nunca ter sido,
esta coisa
 
do tempo que carrego
e que me carrega,
do tempo de ser sem ser,
do tempo
sendo motor da angústia,
ele seu pai, filho
inimigo e santo,
mas que irmão não pode ser,
que não pode ter sido
e não está sendo,
ele que me trouxe,
que me carrega
me abandonará no caminho, talvez,
sem presente, passado ou futuro
e ela- a angústia-,
 
num abraço forte,
partirá com ele, enfim.

Jorge Willian, 18/08/2012 (05 h e 06 min.)
 

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