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quinta-feira, 24 de março de 2011

DITADURA E DEMOCRACIA, A AMBIGUIDADE DO DISCURSO DOS LÍDERES ESTADUNIDENSES

        A VISITA DO PRÍNCIPE REGENTE- PARTE II

Não dá para comemorar no sentido de festejar, mas não dá para esquecer e precisamos lembrar juntos (co-memorar) que há trinta e cinco anos, no dia 24 de Março de 1976, um golpe empresarial e militar na Argentina  dava início a uma das mais truculentas ditaduras do nosso continente. Em breve, no dia 31 deste mesmo mês,  teremos o aniversário do golpe militar que inaugurou no Brasil de 1964 uma série de golpes e ditaduras impostas aos trabalhadores latinoamericanos. Ditaduras estas que foram amplamente apoiadas pelos EUA. E, por coincidência, perto do final do ano, em 11 de Setembro, além da destruição das Torres Gêmeas estadunidenses, temos que relembrar do golpe de 1973 e da ditadura inaugurada no Chile que também contaram com o apoio do país de Obama.

O atual gerenciador dos interesses dos capitalistas dos EUA passou recentemente por alguns países da América Latina e fez referências positivas à democracia presente nestes países. Poderia ter feito mais. Poderia ter dito que saudava as duras conquistas de suas populações que, com muito sangue e bravura, lutaram para derrubar as ditaduras empresariais que sempre foram apoiadas pelo país que agora governa. Podia ter dito ainda que o seu país usa de duas definições contraditórias do termo "ditaduras": as dos aliados são "democracias" e devem ser apoiadas; a dos adversários devem ser combatidas. E para melhorar poderia dizer algo semelhante sobre as maneiras como usam o termo "democracias": as dos aliados são realmente "democracias" e devem ser apoiadas, principalmente se corresponderem com os interesses comerciais e militares de seu país; a dos adversários devem ser repudiadas, independente do apoio popular que tenham e que, além de repudiadas, precisam ser derrubadas para que nelas se instalem "ditaduras" ( nestes casos chamadas pelos líderes estadunidenses de "democracias") com governantes que defendam os interesses de empresas que, de fato, comandam os EUA.

É claro que nem todos os irmãos estadunidense compartilham destas ambiguidades do discurso de seus líderes. Há entre os irmãos do norte aqueles que protestam contra os apoios de seus líderes a ditadores e que defendem as frágeis democracias de países que há pouco conseguiram se libertar das ditaduras impostas com apoios de seus próprios líderes. Talvez estes irmãos também se indignassem se soubessem que aqui no Brasil, no último final de semana, pessoas foram presas por carregarem pequenos cartazes com dizeres do tipo "Fora Obama!". Os irmão do norte devem até pensar, ao saber disto: realmente é muito frágil a dita democracia brasileira.

SEGUE ABAIXO, RETIRADOS DO PORTAL "CARTA MAIOR", O ENDEREÇO COM  UM TEXTO INTERESSANTE SOBRE O GOLPE MILITAR NA ARGENTINA E OUTRO COM UMA BOA REFLEXÃO SOBRE A PASSAGEM DE OBAMA NO CHILE :

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