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terça-feira, 5 de abril de 2011

BOLSO, O VIÚVO-LÍDER DA DITADURA

Ainda choram as viúvas e os viúvos da velha ditadura brasileira instalada em nosso país em 31 de Março de 1964. Se os golpistas tivessem mais paciência e esperassem mais 24 horas teriam feito melhor: teriam esperado o dia da mentira para colocarem em prática o que arquitetaram durante vários anos com o apoio do governo estadunidense. A  maior mentira (e hipocrisia) da época foi dizer que estavam defendendo a democracia evitando o voto popular e prendendo suas lideranças.

Hoje as viúvas chorosas e os viúvos babãos votam e elegem suas lideranças. Recentemente reelegeram um tal de Bolsonaro-  a palavra boçal nos vem a mente não é sem querer, vem  como consequência do teor alcoólico das palavras que destilam da boca deste senhor de raciocínio mal articulado. Boçalnaro, ou melhor, Bolsonaro que chamo a partir de agora de "Bolso" -desculpem a falsa intimidade- vive a falar besteiras que rapidamente são divulgadas nas mídias.

Bolso é uma liderança e é também um dos viúvos que sofrem a nostalgia do tempo em que antigos comandantes, que pisavam no povo com suas botas,  beijavam as mão dos empresários e governos imperialistas. Triste sina de um grupo cujos "lobistas" tem como líder um viúvo-líder-boçal. A direita brasileira já teve intelectuais orgânicos melhores: Carlos Lacerda, Francisco Campos, Azevedo Amaral, Oliveira Vianna, Plínio Salgado e outros. Mas Bolso é a decadência do nosso velho autoritarismo. Claro, poderiam dizer o mesmo da esquerda eleitoreira do Brasil, mas os autoritários tem dinheiro e tem a ESG. Não tinham no bolso representantes melhores do que Bolso?!  

O viúvo-líder  é o  que mais chora e, ultimamente, vive a espernear a sua plataforma reacionária de direita. O senhor viúvo, com suas lágrimas saudosistas, cada vez mostra-se mais insano e faz defesas que fazem gargalhar alguns e vomitar outros. Há também os que batem palmas para as suas bobagens e para as suas defesas de um regime anacrônico e que se mostrou uma fonte de rapinagem de nossas riquezas.

Há poucos dias, Bolso nos mostrou  a sua  homofobia e o seu racismo. Em breve nos mostrará que deve ser um  machista em perseguição de mulheres emancipadas. Por outro lado, se tiver uma filha sabe que a sua luta maior no congresso é para deixar intacta as pensões das filhas dos militares. Conheço algumas que  preferem morar junto com o(a) parceiro(a) evitando se casar, não porque são contra o casamento civil e religioso, mas para manter o privilégio das pensões que, neste caso, são vitalícias e hereditárias. E ninguém sabe na mídia conservadora onde nascem os prejuízos da previdência pública.  Civis pagam pelo privilégio da  filhas de militares que , em alguns casos, devem torcer pela morte dos pais e abocanhar- na forma de pensões- o que foi descontado de todos os servidores sem que elas pagassem nada por isso. Sei que alguém vai dizer que seus papais pagam para ter o privilégio. As filhas dos outros também gostariam de ter: "receber com o papai contribuíndo com tão pouco e eu com nada é a visão do paraíso nas terras brasilis".

Mas voltando ao Bolso, a última baboseira do viúvo-líder foi a defesa da tortura (deve assistir todos os episódios da série estadunidense 24 horas nos finais de semana ou será que passou a fazer a apologia de tal crime por ele ser defendido em outros lugares? quais? o leitor desconfia de alguns? isso mesmo, acertou). Deveria, o viúvo-líder, tomar coragem e se mudar para Guantánomo e  trabalhar como torturador dos órgãos de repressão estadunidenses. Mas não: como seria motivo de riso por lá, fica por aqui e nos tortura com as bostas que produz achando que o parlamento é um banheiro e nossos ouvidos, os vasos. É hora deste viúvo  já ir. Basta, Narradores de histórias no futuro hão de falar das mães e avós da Praça  de Maio e nos fazer rir das viúvas e viúvos das ditaduras. "Está na hora de você já ir, Bolso, na roda da vida nada fica, tudo passa, tudo morre, até as ditaduras que se queriam eternas". De direita e de esquerda. Volver!!!
           

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