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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

EU NÃO SOU CACHORRO. NÃO?!



O abandono de crianças e adultos pobres é bem maior do que se diz. E parece que não há nenhuma campanha para mudar tal situação. Há mesmo quem lute contra qualquer assistência que a eles se possa dar, vide a campanha contra as esmolas na zona sul da Cidade Maravilhosa (para quem tem!) e a luta da classe "mérdia" e do empresariado contra as bolsas de assistência (para quem não tem). Os recursos públicos, segundo os privilegiados,
seriam  "racionalmente" mais bem empregados  em empréstimos bilionários (com juros negativos)  do BNDES ou em  financiamentos de seus carros novos. Por outro lado, tem gente que, com medo dos caveirões, desemprego, fome e futuro, gostaria de ter nascido cachorrinho...de madame, pois vira-latas jogados no mundo alguns já são. Mas há os que dizem não. Cachorros mal  domesticados, mal treinados, maus, cachorros brabos, e bravos. E não há vacina que contenha suas "raivas". Alguns cachorros se recusam a serem adotados pelas madames e preferem a rua, não gostam dessa coisa de ficar balançando domesticadamente o rabinho em troca de rações.. Vivem latindo em grupo ou sozinhos. São chamados de baderneiros, grevistas, rappers paulistas, anarquistas, desajustados, subversivos, marginais, comunistas e coisas do tipo. São viralatas para os críticos, mas dizem em coro: "Eu não sou cachorro, não". Esses "cachorros" não-cachorros acreditam que o mundo possa melhorar para todos. E, para isso, acham que é necessário que todos possam comer o filé da produção e roer
 o osso do trabalho. Alguns estão presos nos canis de países ditos democráticos e outros foram mortos e estão adubando as terras do mundo. Os "cachorros" não-cachorros ainda temos muito que latir, rosnar e escrever. Volto mais tarde que lá vem a carrocinha e não quero virar sabão... au-au-au-au-au... caiiiiimmmm.


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