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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

DEPENDE...

             Segundo Kant, não percebemos as coisas como elas realmente são. As coisa em si são imperceptíveis aos sentidos humanos. Assim sendo, radicalizando o filósofo que descordaria desta conclusão, meu cérebro (e o teu) delira dentro das possibilidades que pode fazer com as coisas que percebe. Eis, então, um pensamento pós-moderno.

Verde intenso, 
marrom duro 
e o olhar vidrado.


De fundo 
um azul terno 
e o branco algodão.


Aqui o olho e seu mel
neurônios o conectando
à máquina de dar sentido.


Mas dentro, tudo fosco,
cores pardas,
tons pastéis.


E a máquina dos sentidos
escolhe das cores os tons:
brilho? ofuscante? 


Depende...
depende...
depende...

Jorge Willian
Rio, 05/12/2011