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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

DESEJO PEGANDO FOGO (POEMA E CANÇÃO)

Sim, eu deixo de amar. Mas sei não fujo.
Ficheiro:Dionysos Louvre Ma87.jpg
Dionísio
Há aqueles que desistem do amor
Que querem a mansidão
A pacificação
O nada.
Eu quero
Ah, mais eu quero
E como eu quero muito
O fogo me queimando em chamas.

Sim, talvez com certeza eu não deixe de amar
Quero a fervura no sangue ardendo
Dionísio tragando-me
Pular sem medo
O abismo
Mas há, porém,
Os que querem solos
Concretudes sólidas e imóveis
Gélidos lampejos de sorrisos e festas
E fogem do amor, de Dionísio, do fogo, de mim

Sim, com certeza o amor talvez me deixe pela vida um dia
Mas há os que tem medo e desejam pouco
Apenas momentos felizes esperam
Desejam pouco e vida longa
Tragam apenas oxigênio
Vida pouca
Louca Vida
Ainda a desejo assim
Tragando-me os momentos
Cunhando moedas com meu corpo
Trocando-as por paixões que me tornam
Entornando-me no abismo onde o fogo de Dionísio arde ainda

Jorge Willian
Rio, 28 de Janeiro de 2013, 4h e 10 min.


"Um grande amor não se acaba assim/ Feito espumas ao vento/ Não é coisa de momento, raiva passageira/ Mania que dá e passa feito brincadeira /O amor deixa marcas que não dá pra apagar (...) cabeça doida coração na mão/ desejo pegando fogo/ sem saber direito a onde ir e o que fazer/ (...) o meu olhar vai dar uma festa ..." Composição de Accioly Neto e Voz de Elza Soares



















 Dioniso ou Dionísio era o deus grego equivalente ao deus romano Baco, dos ciclos vitais, das festas, do vinho, da insânia, mas, sobretudo, da intoxicação que funde o bebedor com a deidade. http://pt.wikipedia.org/wiki/Dioniso#Mito.2C_segundo_os_textos_cl.C3.A1ssicos)

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